emmy Curl gravou, aquele que será o seu primeiro EP oficial, Birds Among the Lines para a Optimus discos em apenas uma semana. Nesta semana mágica que culminou com a abertura do Coliseu de Lisboa para Eels, Catarina Miranda (emmy Curl) vestiu a "pele" de intérprete, instrumentista, co-produtora e artista gráfica.
Dotada de uma verdadeira alma "renascentista", emmy representa uma nova corrente de artistas multifacetados que têm uma noção bem definida e eclética da forma como se querem expressar e comunicar.
Cantautora desde tenra idade, emmy Curl, não restringe a sua criatividade a uma única persona, tendo para tal criado heterónimos; Catrain, para se expressar plasticamente, Cherry Sparks para uma nova linha sonora e Deep:Her para a vertente electrónica.
Nascida em Vila Real há frescos vinte anos atrás, esta transmontana despertou para a música no seio de uma família amante das artes, o que lhe permitiu desde cedo gravar e esboçar o que seriam as suas primeiras melodias com apenas 11 anos.
A envolvência e silêncio das fragas de Trás-os-Montes influenciaram-na sempre ao longo do seu percurso artístico, materializando-se nas suas fases mais criativas "em Vila Real, em casa, naqueles pores do sol, sempre crio mais" onde o lado sonhador e melancólico reporta às lendas e ao imaginário celta. O isolamento e a concomitante presença do mundo via novas tecnologias, permitiram-lhe o recato e a urbanidade da sua sonoridade.
Em Birds Among the Lines, emmy Curl partilhou o processo da produção, apesar de estar mais habituada a solitários exercícios autodidacta "Descobrir a forma de comunicar o que nos vai na alma, o quadro que estamos a pintar, partilhar a visão, foi algo que pela primeira vez fiz. Neste EP quis dar corpo e cor às canções que tinha na alma, vesti-las como as vejo através dos arranjos. Quis neste EP mostrar um corte do meu universo passado, presente, futuro, unos, mostrar o fio condutor do meu percurso", diz emmy Curl.
As suas canções em termos sonoros apelam ao mais transcendente e ao etéreo do dream pop, sugeridas pela sua voz suave e pelos back-vocals submersos em reverb, ou pelas melodias flutuantes da sua guitarra. As letras dizem respeito aos sentimentos pessoais, relações humanas e amor, por vezes real ou imaginário.
Ecos de grande interesse vindos de países como os Estados Unidos, França, Grécia e Itália vêm só confirmar a noção de que estará a surgir a 1.ª artista portuguesa a vingar internacionalmente fora das áreas relacionadas com estilos tipicamente nacionais.
2010
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