Reflect em entrevista a Zeblak

"Essencialmente escrevo aquilo que sinto. Quando tenho algo que quero deitar cá para fora, escrevo."
Reflect em entrevista a Zeblak[Zeblak]
1. Desde quando fazes Rap Tuga e porquê? O que é que te incitou a fazer rap?
[Reflect]
A primeira tentativa de letra é datada de 2002. A necessidade de me exprimir e o pensar que seria capaz de despertar sentimentos / provocar reacções nas pessoas.

2. Quais são as mensagens nas tuas letras e o objectivo delas?
Essencialmente escrevo aquilo que sinto. Quando tenho algo que quero deitar cá para fora, escrevo. Vejo mais a minha forma de me exprimir como uma necessidade.
Objectivo? Talvez mudar alguma coisa, seja lá o que for.

3. Porquê o nome REFLECT?
Desde novo que sou uma pessoa pensativa, que gosta de perceber o que está por detrás daquilo que me entregam. Mantenho essa postura um pouco em tudo na vida. Reflect é a personagem-espelho do PP.

4. Podes falar da tua editora Kimahera?
Penso que hoje em dia a Kimahera já é uma editora com alguma projecção a nível nacional e isso deve-se ao excelente trabalho de todos aqueles que connosco colaboram. Existimos porque queremos fazer música à nossa maneira e foi objectivo desde início reunir condições para que tal aconteça. Os objectivos iniciais mantêm-se e, a seu tempo, vamos ter ainda mais condições para que a nossa música chegue a cada vez mais gente, com toda a sua essência; é a vantagem de sermos independentes.

5. Donde vem o teu amor do rap?
Amor pela música por ser uma constante na minha vida. Aprendi muito com todos os artistas que ouvi ao longo dos anos. Em particular com o rap, por dar primazia à mensagem.

6. Foste influenciado por alguns rappers?
Sim, em termos de Hip-Hop, Mind da Gap e Dealema são as minhas principais influências.

7. Com quem querias trabalhar (musicalmente claro)?
Tenho a sorte de já poder trabalhar com alguns dos melhores artistas que conheço, no âmbito da Kimahera.

8. Como vês a evolução e o futuro do Rap Tuga?
Com bons olhos. Há muitos bons projectos que vão surgir, pela sentida evolução de alguns artistas mais "recentes". Por outro lado, já contamos com uma primeira geração madura mais que apta para manter o grande nível dos trabalhos que têm vindo a apresentar. Vamos continuar todos a aprender uns com os outros e a criar cada vez melhor música.

9. Quais são teus sentimentos ao respeito do Hip-Hop Nacional?
Há demasiada gente diferente a fazer o mesmo. Gostava de conseguir ouvir mais coisas feitas cá, neste género, e não pensar que estou a ouvir "mais um". Sou da opinião que as pessoas devem fazer o que sentem, mas que não podem deixar de procurar a sua forma de o fazer. Não fiquem na sombra dos artistas que mais admiram.

10. O que ouves sem ser rap? Quais são as tuas influências sem ser Hip-Hop?
Ouço muita música Portuguesa, acima de tudo o resto. Levo os meus ouvidos a passear por tanto género diferente que é injusto estar a apontar um ou outro artista em particular.

11. O que dizer a um adolescente que gosta muito do Hip-Hop e que quer entrar no movimento Hip-Hop (mc, dj, b boy, writter)?
Usa os meios para mudar mentalidades e não mudes de mentalidade consoante o meio. É essa a chave para tudo aquilo que depois disso vem.


Retirado de: http://loboloco.skyrock.com/2122028951-REFLECT.html

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Pedro Pinto @ 12 Novembro 2008 (Qua) - 16:00

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