Entrevista a Reflect

"Cantar liberta-me e permite-me um nível de abstracção bastante saudável relativamente a tudo e todos."
Entrevista a ReflectComo é que tudo começou?

Começou quando percebi que, através da música, é possível transmitir tamanha emoção.
Foram várias as tentativas até finalmente encontrar uma linha para a qual pudesse olhar e pensar "ok, isto sou eu".
Nenhum ou pouco material, zero em conhecimento sobre a matéria, mas muita força de vontade à mistura.


De onde surge o nome "Reflect"?

"Calado e pensativo, sempre com um olhar profundo".
A minha postura e atitude fazem de mim uma pessoa, muitas vezes, distanciada daquilo que me rodeia, não deixando de ser sensível para com essa envolvência.
Penso que o rótulo se adequa ao conteúdo.


Tens alguma fórmula para criares a tua música?

Sim, a minha fórmula é não ter fórmula. Escrevo quando tenho algo a dizer e gravo quando me apetece.
A escrita ganha forma em torno de uma melodia que puxa de mim determinado tipo de sentimento.
Não consigo forçar a criação e sou prisioneiro do meu estado de espírito.


Qual o som que mais te deu prazer em fazer? E porquê?

Cada som, à sua forma, me deu prazer. Talvez o mais especial até hoje tenha sido o "Infinitamente", do meu álbum.
Especial porque foi daquelas letras que senti que já a tinha feito, enquanto a estava a escrever.
Eram coisas que tinha guardadas há tanto tempo e tinha encontrado finalmente a melodia certa para as libertar.


Consideras-te poeta?

Não, só escrevo umas coisas de vez em quando.
Escrever não é de todo a minha principal virtude, sendo simplesmente algo que gosto de fazer.


Com que objectivo cantas?
Pretendes mudar alguém com as tuas músicas ou letras?


É na arte que encontro o meu espaço de liberdade, o ponto de fuga de tudo o resto.
Cantar liberta-me e permite-me um nível de abstracção bastante saudável relativamente a tudo e todos.
Muitas vezes, sou eu a primeira pessoa que precisa de ouvir o que escrevo.
Eu sei que pela música é possível mudar alguma coisa porque alguma coisa a música mudou em mim.
Limito-me a registar aquilo que é a minha vivência. Certamente que alguém tirará algo para si daquilo que eu sou, da mesma forma que teria eu algo para aprender se ouvisse a tua.


Deixa uma dica que aches fundamental ser transmitida.

O fundamental é sermos sinceros e humildes, não duvidando nunca das nossas capacidades. Há que preservar esse espírito.


Obrigado pela colaboração.

Obrigado eu pelo convite, um abraço!

André Bessa @ 01 Junho 2009 (Seg) - 01:00

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