Reflect - Eu fico bem

Stream/download: http://digital.kimahera.pt/euficobem

"Eu fico bem". É assim que Reflect renasce quatro anos depois do seu mais recente álbum.
É numa ida até à ponta do molhe que a decisão acontece. Mergulhar e desistir, ou ficar.
Nesse conflito interno, há uma divisão em dois cenários possíveis (imaginados).
A corrida em desespero até ao último salto, e a corrida em direção à vida - a uma segunda oportunidade de ser feliz.
No cubo onde se cruzam estas duas realidades, existe um espaço mental onde há uma luta entre a luz e a sombra.
Mas no fim, o equilíbrio entre o corpo e a mente faz com que as duas energias opostas se unam.

Laura Abel


Letra e voz: Reflect | Laura Abel
Instrumental: Dezman
Mistura e masterização: Pedro Pinto @ Kimahera

Artistas: Reflect | Laura Abel
Realização: Pedro Pinto | Mariana VS
Assistente de Realização: Mauro Cunha | Laura Abel
Fotografia: Rafael Correia
Câmara: Rafael Correia | Tiago Pacheco (drone)
Edição: Pedro Pinto | Laura Abel
Assistente de Produção: João Mestre | Joana Gomes
Catering: Luísa Santos
Agradecimentos: Rogério Pinto (cubo) | Ricardo Pinto
Nuno Lourenço | Tiago Vila Nova | Ivone Silva

Letra:

Meto ar nos pulmões, o meu coração pulsa
Fechado na sombra que só o amor expulsa
Refém do meu corpo, vi a mente afastada
Perdida em ruínas, casa derrubada
Vagabundo de capuz, só na madrugada
Levaram-me a luz e eu não vejo nada
Onde é que está o Pedro? Nem eu sabia
Arrastei-me pelo tempo e o tempo ardia
Às voltas comigo, perdido no trilho
Sozinho, calado, apagado e sem brilho
Tenho gritos em mim, mas já não quero soltá-los
Tenho sonhos em mim, mas já não quero cantá-los
Arrefeço a coragem no frio que me aperta
Sinto o conforto nesta dor que me afecta
À espera do dia em que o sol já não raia
Filho de Armação que vai morrer na praia
Mas esta noite o mar não me colhe
Sou mais uma marca na ponta do molhe
Maresia atravessa a roupa que transporto
O vento traz a chuva e eu já nem me importo
Tenho o céu nos ombros e escombros no peito
Se não sei se acordo como é que me deito?
Caio no vazio, já não gosto da vida
Vozes na cabeça apontam-me a saída
A maré está cheia, eu reparo e vou
A cada passo mais longe do que sou
Não sei se é caminho, nevoeiro mascara
Sinto arder o fogo que me queima e ampara
Talvez ceda finalmente e vá na corrente
Mas tropeço no futuro que não vejo à frente
Meto ar nos pulmões, coração ainda pulsa
Fechado na sombra que só o amor expulsa

Fechado num cubo
Longe de tudo
Sinto vida a escapar-me num segundo
Preso no escuro
Não vejo ninguém
Se for a noite a levar-me eu fico bem

Tenho medo de mim, hoje vou-me embora
Quero desaparecer, água que evapora
Procuro o meu carro no estacionamento
O alcatrão já me sente, passei o cimento
Já não cabe em mim, passei a medida
Lá fora não existo, passei à vida
Já não sou quem fui, quem sou não cativa
Fechado no carro, mas barco à deriva
Sem destino no mapa, vagueio na cidade
Quero fugir da sombra que me invade
Vejo luzes a passar e isto não me passa
Perdido na vida já não sei que faça
Estou farto, farto, farto de tudo
Acelero a fundo, quero fugir do mundo
Olhos fechados, não quero voltar
Quero uma luz que me possa salvar

Fechado num cubo
Longe de tudo
Sinto vida a escapar-me num segundo
Preso no escuro
Não vejo ninguém
Se for a noite a levar-me eu fico bem

Meto ar nos pulmões, o meu coração pulsa
Fechado na sombra que só o amor expulsa
Sinto o motor, mas não sabe a leveza
Mãos no volante, agarro com firmeza
Amargo sabor atravessa o palato
Se a estrada acabar: Último acto
Por isso quando ao céu chegar
Já tenho uma história p'ra contar
Escrevo cartas na memória, sei de cor a despedida
Meto memórias na carta, sei de cor a minha vida
Há músicas para contá-la, o legado permanece
Sinto-me a voltar ao mundo enquanto o mundo desvanece
Se amanhã não estiver, quero um pouco de luz
Sede de infinito já não me seduz
Só quero que a dor e a voz se calem
Antes que a noite e o frio se instalem

Abro os olhos a tempo, há tempo para mim?
Tiro o pé do pedal e acredito que sim
Não sei o que há depois da curva
Levem-me a chuva desta visão turva
Inverto o sentido, dou mais uma chance
Agarro a história antes que ela avance
Não sei o futuro, mas quero sabê-lo
Sair do cubo e poder vivê-lo
Pinto o destino, adio a partida
Respiro e sinto a minha batida
Só quero voltar a ser o que era
Armação, Reflect, Pedro, Kimahera x3

Fechado num cubo
Longe de tudo
Sinto vida a escapar-me num segundo
Preso no escuro
Não vejo ninguém
Se for a noite a levar-me eu fico bem
x2

Laura Abel:

Isolo-me num cubo transparente que não deixa que ninguém chegue até mim.
Não estou cá...
Mas algo faz com que o cubo desapareça e pareça que voltei ao mundo.
Sinto tudo. E sabe bem.

No escuro.
Não há saída. Nem sequer a procuro.
Tenho medo.
Quero ficar aqui, sozinha.
Preciso de ajuda. Mas não quero ver ninguém.

Abre a porta e vê.
Não tenhas medo do desconhecido.
Abraça aquilo que a vida te ofereceu.
Abraça a segunda oportunidade que a vida te deu.

© ℗ 2017 Kimahera
 

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